sábado, 29 de março de 2008
quarta-feira, 26 de março de 2008
segunda-feira, 24 de março de 2008
DISTÂNCIA
Sinto-me assim:
Como um vento prêso
Como um pássaro perdido
Como uma rosa morta.
Preciso libertar-me logo de tudo
Não posso viver assim.
Quantos,quantos assim têm vivido
neste astro inconquistado
onde nossas vozes não provocam ressonância?!
Quantos?!
E quando acordam
Vêem o horizonte que separa as vidas
e que as ajuntam na infernal distância...
Nazaré Varella
(Niterói, 04 de outubro de 1973.)
Blog SONHOS
Como um vento prêso
Como um pássaro perdido
Como uma rosa morta.
Preciso libertar-me logo de tudo
Não posso viver assim.
Quantos,quantos assim têm vivido
neste astro inconquistado
onde nossas vozes não provocam ressonância?!
Quantos?!
E quando acordam
Vêem o horizonte que separa as vidas
e que as ajuntam na infernal distância...
Nazaré Varella
(Niterói, 04 de outubro de 1973.)
Blog SONHOS
quinta-feira, 20 de março de 2008
quarta-feira, 19 de março de 2008
TEMPO DE MORANGOS
_ Tira a mão daí! Larga esta batata! É pro almoço. _ E a deliciosa batata frita esfriava no fogão, enquanto o arroz, o feijão e o bife ficavam prontos... Quando ia pra mesa, estava murcha, chocha e a mãe queria que ele comesse: _ batata faz bem pra saúde... Puro carboidrato, amido... E ele mastigava tristemente o amido, a saúde, não o sabor delicioso da batata quentinha quando sai do fogo.
Nos aniversários se sentavam todos em volta da mesa a enrolar brigadeiros. Ai de quem comesse unzinho só. Eram pra festa. E na hora da festa convidados esfomeados enchiam os bolsos com os desejados brigadeiros. Para as crianças da casa não sobrara nenhum.
As melhores roupas eram para os domingos quando não viam nenhum amigo, nem a garota da escola que queriam impressionar. Como se elas fossem se gastar, se consumir, eram usadas e guardadas para as ocasiões especiais... Ora, ocasiões especiais são as do dia-a-dia. Como saber quando surgirá uma ocasião especial? Quando poderá acontecer da garota mais bonita sorrir pra você e você se sentir assim, bonito e bem arrumado, só domingo? Só feriado?
A mãe, ocupada com a casa, o pai, ocupado com o jornal, seus particulares pensamentos. E o menino vaga entre um e outro, tentando chamar a atenção, inutilmente. Que perda! Os pobres pais, se soubessem aproveitar esses momentos únicos de afeto e intimidade ao invés de passar novamente a vassoura na casa já limpa. Ou ler as mesmas fatigantes más noticia. Ou fazer o que quer que seja sem incluir o amor do menino e os seus grandes olhos tristes. Anos mais tarde, quando ele adolescer, juvenescer, adultecer; quando casado ou formado for pra bem longe, um lugar inacessível qualquer, sem volta para casa, quantas lágrimas de saudades inúteis_ melhor terem aproveitado o tempo da fruta quando era o tempo da fruta. Inútil pedir morango no inverno...
A triste lição do adiamento da felicidade para quando a felicidade não for mais possível: guardar o bolo de aniversário para depois do almoço e depois do almoço ele já estar azedo. Deixar o bife secar na frigideira porque o pai não chegou ainda e quando ele chega já é tarde demais pro bife. Deixar a vida transcorrer sem buscar o melhor dela, e ao querer abraçá-la ela ter se esvaído no ralo da velhice, do cansaço, da doença. A herança que a tia vai dividir fica pra depois. Jovens não sabem gastar. E quando a herança vem, os jovens se fizeram velhos e já nem sabem como gastar...
Quanto desperdício da beleza da vida! Quanto adiamento desnecessário! Dá licença? Peço permissão para enfiar a mão na panela e comer a batata frita ainda quente. No almoço não a quero. Mais tarde não a quero. Quero agora. O tempo é agora. Deixe-me usar minha melhor roupa às 7 horas da manhã de quinta feira, se sujar eu lavo, se estragar, paciência. Comer a sobremesa enquanto não tenho diabetes, com bastante calda, cobertura, creme. Amar enquanto meu coração bate acelerado, mesmo que a pessoa não seja conveniente. Dormir enquanto dormir é um prazer e não tenho insônia. Gastar meu dinheiro, meu tempo, minha energia enquanto respondo ao chamado dentro de mim que diz _ Viva!
Que nunca seja tarde demais. Nem pra mim, nem pra você.
Nádia Daher
Blog nádia daher: poesias coisa & tal
Nos aniversários se sentavam todos em volta da mesa a enrolar brigadeiros. Ai de quem comesse unzinho só. Eram pra festa. E na hora da festa convidados esfomeados enchiam os bolsos com os desejados brigadeiros. Para as crianças da casa não sobrara nenhum.
As melhores roupas eram para os domingos quando não viam nenhum amigo, nem a garota da escola que queriam impressionar. Como se elas fossem se gastar, se consumir, eram usadas e guardadas para as ocasiões especiais... Ora, ocasiões especiais são as do dia-a-dia. Como saber quando surgirá uma ocasião especial? Quando poderá acontecer da garota mais bonita sorrir pra você e você se sentir assim, bonito e bem arrumado, só domingo? Só feriado?
A mãe, ocupada com a casa, o pai, ocupado com o jornal, seus particulares pensamentos. E o menino vaga entre um e outro, tentando chamar a atenção, inutilmente. Que perda! Os pobres pais, se soubessem aproveitar esses momentos únicos de afeto e intimidade ao invés de passar novamente a vassoura na casa já limpa. Ou ler as mesmas fatigantes más noticia. Ou fazer o que quer que seja sem incluir o amor do menino e os seus grandes olhos tristes. Anos mais tarde, quando ele adolescer, juvenescer, adultecer; quando casado ou formado for pra bem longe, um lugar inacessível qualquer, sem volta para casa, quantas lágrimas de saudades inúteis_ melhor terem aproveitado o tempo da fruta quando era o tempo da fruta. Inútil pedir morango no inverno...
A triste lição do adiamento da felicidade para quando a felicidade não for mais possível: guardar o bolo de aniversário para depois do almoço e depois do almoço ele já estar azedo. Deixar o bife secar na frigideira porque o pai não chegou ainda e quando ele chega já é tarde demais pro bife. Deixar a vida transcorrer sem buscar o melhor dela, e ao querer abraçá-la ela ter se esvaído no ralo da velhice, do cansaço, da doença. A herança que a tia vai dividir fica pra depois. Jovens não sabem gastar. E quando a herança vem, os jovens se fizeram velhos e já nem sabem como gastar...
Quanto desperdício da beleza da vida! Quanto adiamento desnecessário! Dá licença? Peço permissão para enfiar a mão na panela e comer a batata frita ainda quente. No almoço não a quero. Mais tarde não a quero. Quero agora. O tempo é agora. Deixe-me usar minha melhor roupa às 7 horas da manhã de quinta feira, se sujar eu lavo, se estragar, paciência. Comer a sobremesa enquanto não tenho diabetes, com bastante calda, cobertura, creme. Amar enquanto meu coração bate acelerado, mesmo que a pessoa não seja conveniente. Dormir enquanto dormir é um prazer e não tenho insônia. Gastar meu dinheiro, meu tempo, minha energia enquanto respondo ao chamado dentro de mim que diz _ Viva!
Que nunca seja tarde demais. Nem pra mim, nem pra você.
Nádia Daher
Blog nádia daher: poesias coisa & tal
sábado, 15 de março de 2008
O AMOR, OS DESERTOS E OUTROS ASSUNTOS SEM MOTIVO ALGUM
Nunca cheguei a concluir se os desertos podem ser caracterizados pela abundância ou pela carência.
Não me parece que a enorme quantidade de cloreto de sódio no Salar de Uyuni ou a fartura de areia no Nefud são fatores que os colocam na lista de desertos.
Estou mais propenso a crer que é a ausência de certos elementos que definem tais posições.
Talvez, se conseguir encontrar uma resposta, possa por analogia compreender a solidão da alma.
Apreciava na varanda o belo eclipse lunar quando escutei pelo telejornal que o presidente Lula em defesa da ministra Matilde, demitida dias antes, argumentou que ela apenas cometeu uma 'falha administrativa' ao utilizar o cartão corporativo em lojas de shoppings centers em benefício próprio.
Voltei a admirar a lua, embora com menos entusiasmo.
Já sem entusiasmo, melhor dizendo.
Puto da cara, na verdade.
"Estás a brincar comigo, meu Deus?" - indaguei num murmúrio.
Só pode ser mesmo gozação do Divino.
O cara é presidente do país e fala que meter a mão no dinheiro público é 'falha administrativa'.
Ou eu estou ficando louco ou o Onipotente está mesmo a gozar de mim. Das duas, as duas.
Procurei logo ver se o Austregésilo estava por perto.
Austregésilo é um gato que crio e pelo qual já não tenho muita estima, mas que bem me serve para momentos de desabafo. Quando escuto aberrações como essa e ele está em meu colo, sempre lhe torço o rabo.
O bichano estava atrás do sofá com apenas a cabeça à vista e, parecendo ter escutado também a notícia, olhava-me de soslaio. Preocupado até, eu diria.
Eu já não quis mais saber da porra do eclipse.
Pus-me a andar de um lado para outro da sala, sob o olhar atento do felino e coçando asperamente meu desprezível (no momento) saco.
"Então já não bastou o que essa ilustríssima ministra alegou semana passada, meu Deus?".
"O Senhor não ouviu ela dizer que foi mal aconselhada na utilização desses cartões?".
"E que, inclusive, tratou logo de exonerar os tais assessores que mal lhe informaram?".
Como se essa senhora desconhecesse que o dinheiro público não pode ser usado em sex shoppings ou coisa assim.
Claro que ela não citou os nomes dos assessores demitidos e ainda alardeou que todo o estardalhaço que se fez por essa 'falha administrativa' foi mais uma prova de racismo do povo brasileiro, já que a mesma tem origens no continente afro.
"O Senhor quer mesmo me castigar".
"Zombar de mim".
Só reclamamos então por ela estar metendo a mão no dinheiro público porque ela é de cor.
"Essas pessoas são as mais altas autoridades dessa nação, meu Deus".
"Não podem ser tão ignorantes, salvo se o Senhor esteja querendo testar os meus limites".
Tudo bem! O Lula é semi-analfabeto, mas precisava ser tão estúpido?
"Já sei. O Senhor vai dizer que estúpidos somos nós que votamos nele".
E não posso discordar.
"Não posso, embora eu Lhe afirme que nenhum eleitor do Lula o contrataria para gerenciar um mísero carrinho de cachorro-quente se dele viesse a fonte de sustento desse eleitor.
Quero ver.
Quero ver quem contrataria o Lula para gerenciar a sua empresa. A ele e a todo o seu 'estado-maior'.
Imagina. O Lula na porta falando merda e o Dirceu, Palocci, Genoíno...Todos do lado da máquina registradora. Bem coladinhos no caixa.
Não creio mesmo que o contratassem.
Outro dia ele falou que o problema do caos aéreo iria ter prioridade zero.
Putaquepariu.
Prioridade zero para um assunto que necessitava urgência.
Deu-me mesmo vontade de esganar o Austregésilo.
_ Senhor Presidente. O zero não é nada. Prioridade zero significa nada.
_ O Senhor nunca ouviu falar no programa do ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que se chamava 'tolerância zero'?
_Isso significava dizer que não haveria mais nenhuma tolerância com os criminosos.
_Não foi o senhor mesmo quem criou o fantasioso programa 'Fome Zero'?
_E isso não era para o povo pensar que não haveria mais fome durante o seu governo?
_Da mesma forma, meu querido presidente, prioridade zero significa dizer que não há nenhuma prioridade em tal matéria. Pode ser feita na hora que melhor aprouver.
_Olhe como é fácil entender.
Tolerância zero - Não haverá então tolerância.
Fome zero - Não haverá mais fome.
Prioridade zero - Não haverá nenhuma prioridade.
_O zero é a absoluta nulidade, se assim posso dizer e imploro que tenha a consideração de aceitar o que lhe digo.
Mas talvez os desertos se formem pela intersecção de fatores inexistentes.
Não creio, todavia, que eu possa ser entendido nessas poucas linhas.
Vejo o Amor como um deserto de sentimentos.
Tão inóspito quanto a calota polar.
Não entendo porque o qualificam como sentimento nobre.
O Amor não é tão nobre quanto se apregoa.
Talvez haja o mesmo número de tragédias decorrentes do Amor quanto do Ódio.
O genocídio de Hitler não foi por amor à pátria mãe?
Não há um dia sequer que não haja um crime passional.
Talvez argumentem que nem tudo isso deveria ser chamado Amor, mas existem outros nomes, então?
O amor filial, fraternal ou infernal não difere muito dos carnais. Só permanecem incólumes enquanto não houver desinteresses. A História prova isso.
O Amor é puro interesse.
Dificilmente a Daniela Cicarelli aceitaria casar com o Ronaldo Fenômeno se ele não fosse o 'Fenômeno'.
E quem disser que tal casamento não foi por amor estará chamando-a de vagabunda.
A Mônica Veloso jamais seria amante do Renan Calheiros se ela não soubesse o retorno financeiro que tal relação poderia ter.
Interessante observar que o vocábulo amante, derivado de amor, possui em certas formas uma conotação depreciativa.
A Marisa ganhou uma senhora bolada com esse romance.
De sobra, tornou-se uma escritora renomada com a publicação da didática obra "O Poder Que Seduz".
O Renan, coitado, foi que se fodeu.
Viu a conta bancária reduzir bastante com esse amancebamento.
O prestígio foi reduzido a quase nada.
O estrago poderia ser maior, contudo, se nossos parlamentares não concluíssem que o bichinho era inocente de tudo que lhe acusavam. Pode agora ir atrás do dinheiro perdido, então.
No lugar dele eu começaria escrevendo um livro também.
O título? "O Foder Que Reduz".
O Amor precisa de amparo.
Ele desaba totalmente quando perde seus alicerces.
A Suzana Vieira casou com aquele rapagão décadas mais novo que ela, certamente por amor.
Nesse caso o amor alicerçado pelos interesses carnais.
É mais fácil amar um humilde jovem garboso do que um velho cheio de carnês das Casas Bahia e desanimado até para a Nicole Kidman.
Porque o Amor é um investimento. Necessita retorno.
A Suzana fez um investimento e espera que a cotação do garoto não baixe.
Vão criticá-la por comprar o rapazola?
Ora, é melhor pagar pelo bolo do que comer merda de graça.
O Amor é uma questão de ponto de vista.
Ou mesmo de nada enxergar.
Por isso são comuns expressões como: 'Não sei o que ela viu nele?' Ou 'Que mulher horrível, mas tem pernas maravilhosas'.
Nos maquiamos para o amor.
Com fragrâncias artificiais damos ao nosso corpo um odor que ele não tem.
Procuramos ser mais do que realmente somos.
Mentimos.
Então o Amor necessita de formas belas e prazerosas.
Isso não me parece muito nobre.
Sem amor nos sentimos um pouco como em desertos, embora amando também podemos nos sentir abandonados num saara.
O Amor é a fuga dos desertos.
Só quem tem alma de beduíno não precisa muito de amor.
Nos desertos de areia, no entanto, urina de camelo pode ser vista como água cristalina e isso faz com que pessoas humildes, de idade avançada ou de aparência 'duvidosa' também possam ser amadas.
O Amor é um sentimento efêmero.
Quando insiste em permanecer, na maioria dos casos é apenas acomodação.
Podemos facilmente deixar de amar alguma pessoa e passar a odiá-la.
Quando a odiamos é quase impossível um dia amá-la.
Interessante como isso parece fazer sugerir que o Ódio é fiel e o Amor leviano.
Os sentimentos de rejeição são convictos por natureza. Quando não gostamos de alguém, não gostamos e pronto. O mesmo não se dá com os ditos sentimentos sublimes e por isso é comum expressão do tipo: "Eu realmente não sei se o amo".
O Amor é a mesquinhez da posse.
Você se espantaria ao ver como muitas mulheres abandonariam seus imprestáveis maridos se não tivessem medo que outras os pegassem.
O Amor cobra reciprocidade. Até a mãe mais afetuosa lamenta o filho ingrato.
O amor platônico? Ora, ele busca a sublimação da alma. O engrandecimento do 'eu'. Sempre a necessidade de algum retorno.
O amor a Deus? O temor ou a busca pela salvação eterna.
Novamente algo em troca.
A cara-metade? Num mundo de mais de seis bilhões de seres humanos a probabilidade de você conseguir de forma acidental encontrar a sua alma gêmea faria Laplace se contorcer no túmulo.
Quer saber onde se encontra a sua cara-metade?
Procure na outra metade da sua cara.
Comemos o que nos é posto à mesa.
Outro dia explico melhor esse sacrilégio, contudo.
Não serviu para nada a medida provisória do governo que proibiu a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais.
Pelo contrário. Parece até que aumentou o número de mortes decorrentes dessa causa. O que não é de admirar.
Medida provisória tem força de lei e poucas vezes me deparei com uma tão estúpida quanto essa.
O deserto de cabeças inteligentes do governo do PT.
Primeiro é preciso entender que há necessidade de urgência para uma validade constitucional numa medida provisória e não houve nenhum fator que justificasse essa urgência. Morre-se em decorrência de acidentes causados por motoristas sob efeito do álcool na mesma proporção que antes da medida. Ademais o maior número dessas mortes não acontece em rodovias federais, sem falar que já existe leis para 'conter' tais acidentes. Tais leis são ineficientes, contudo, pela ignorância de nossos legisladores.
O Direito precisa ser auxiliado pela Matemática para que deixe de ser uma ciência tão vaga.
Tenho como certo que progressões aritméticas, a Teoria das Probabilidades ou uso de equações prestariam melhor serviço ao Direito do que essa verborréia latina de que se utilizam nossos juristas.
Acho até que deveria ser proibido o uso do latim em questões judiciais.
Ora, as leis são feitas para o povo e se perguntarmos a um simples brasileiro o que é 'ad vindictam', ele vai perguntar se isso é de comer ou de beber. Ou pode até ficar preocupado por imaginar que talvez seja algum remédio de aplicação anal.
As leis precisam ser claras e sem interpretações diversas.
E o Lulinha se esqueceu que policiais rodoviários não estão autorizados legalmente a fiscalizar estabelecimentos comercias e, principalmente, multá-los. Um agente rodoviário multar um comerciante é ilegal, imoral e engorda a conta bancária de muitos desses.
Nem quero expor a questão de que não se pode penalizar terceiros por crimes de outros, como sobrou para os comerciantes.
O que o governo fez foi criar um comércio paralelo e totalmente ilegal para a venda dessas bebidas pelas nossas estradas.
Já tá cheio de barracas à beira das rodovias vendendo uma gelada.
A lei causou um efeito contrário. Até aproximou mais a bebida do motorista. Agora ele nem precisa sair do carro.
Querem reduzir o número de acidentes devido ao consumo de álcool?
Esqueçam o latim, então.
Usem a Matemática.
Poucas vezes fiquei tão entristecido quanto com a morte do Bobby Fischer.
Amei-o ardorosamente quando criança.
E quão belo é o amor de uma criança.
Só a ingenuidade não investe no amor.
Aos dez anos eu passava madrugadas transcrevendo suas partidas.
Fischer foi o Mozart do Xadrez assim como talvez Alekhine tenha sido o Wagner.
Suas partidas são como telas de van Eyck.
Nunca fui muito com o cubismo, embora aprecie bastante a fase rosa de Picasso.
Guernica bem poderia ter sido pintada em uma sala de jardim de infância na hora do recreio.
Os quatro movimentos que se seguem ao sacrifício da dama na célebre partida de Fischer contra Donald Byrne bem lembra os dois compassos que substituem o suave minueto ao dramático terceto de Elvira, Anna e Ottavio no "Don Giovanni", de Mozart.
Uma explosão de talento.
Aos catorze anos Bobby já era o campeão americano.
E poderia ter sido campeão mundial antes dos vinte, mas o gênio inquieto o fez esperar um pouco mais.
Sentia-se perseguido pelos homens.
Mandou extrair todos os dentes por imaginar que a extinta KGB tivesse colocado um microfone em um deles quando de uma ida ao dentista.
Estava sempre a brigar com os adversários e os dirigentes da modalidade.
Só disputou o Torneio dos Candidatos, em Palma de Mallorca, porque o Grande Mestre Pal Benko, com quem tive o prazer de passar quatro das melhores horas de minha vida, cedeu-lhe a vaga.
E o raio caiu em Mallorca.
Massacrou a todos, perdendo apenas uma partida.
Depois veio Taimanov.
Enfiou seis a zero.
Seis a zero em um TOP 10. Um escore nunca alcançado.
Larsen seria a próxima vítima.
Outro seis a zero.
Seis a zero em um TOP 5. Um fato nunca imaginável.
Petrossian capitulou em seguida de forma mais honrosa. E Spassky, em uma das partidas do match final, junta-se à platéia para aplaudir o novo campeão que acabara de o derrotar.
Dezenove partidas consecutivas com vitórias em cima de grandes mestres.
Um fato único na história do xadrez e que talvez nunca seja igualado.
A chance é de uma em três elevado à décima nona potência.
Isso sem considerar que mais de dois terços das partidas disputadas entre grandes mestres terminam empatadas.
O QI de uma pessoa mediana está em torno de 100 e encontrar alguém com 150 já é bastante improvável.
Fischer tinha QI de 192 na escala de raridade Stanford-Binet.
Houve quem falasse em 198 ou até mesmo 200.
Depois de conquistar o título mundial, sumiu.
Recusou uma fortuna na época para defender o título contra Karpov.
A maior soma que já tinha sido até então oferecida a um desportista em qualquer modalidade.
Sumiu, no entanto.
Bem louco mesmo.
E é loucura sequer imaginar que dez anos depois da tragédia do Palace Dois, ainda tem vítima que não foi amparada pela nossa justiça.
Não dá para acreditar.
Tem ex-morador que já até faleceu.
A justiça brasileira é mesmo uma merda.
Agora sei porque usam toga no Supremo Tribunal.
Proteger o paletó do estrume que é lançado pela sala.
Mozart via cores nas notas musicais.
Pitágoras via números.
O Ministério da Educação manda ensinar a Teoria dos Números usando expressões como conjunto vazio e conjunto unitário.
Putaquepariu.
Conjunto vazio?
Será que não tem um distinto nesse ministério que saiba a definição da palavra conjunto?
E unidade jamais forma igualmente um conjunto.
O absurdo da incoerência.
Todo esse Brasil é incoerente.
A vida é incoerente.
As estátuas que homenageiam políticos deveriam ser sempre sedestres.
Os desertos são incoerentes.
Com a morte de Fischer me senti ainda mais deserto.
Regiões muito quentes se tornam inóspitas porque o calor abafa a vida.
Não obstante haver pouca vida em lugares frios.
Porque vida é calor.
E o calor da vida é o Amor.
Sombras Somente
Blog Sombras Somente
Não me parece que a enorme quantidade de cloreto de sódio no Salar de Uyuni ou a fartura de areia no Nefud são fatores que os colocam na lista de desertos.
Estou mais propenso a crer que é a ausência de certos elementos que definem tais posições.
Talvez, se conseguir encontrar uma resposta, possa por analogia compreender a solidão da alma.
Apreciava na varanda o belo eclipse lunar quando escutei pelo telejornal que o presidente Lula em defesa da ministra Matilde, demitida dias antes, argumentou que ela apenas cometeu uma 'falha administrativa' ao utilizar o cartão corporativo em lojas de shoppings centers em benefício próprio.
Voltei a admirar a lua, embora com menos entusiasmo.
Já sem entusiasmo, melhor dizendo.
Puto da cara, na verdade.
"Estás a brincar comigo, meu Deus?" - indaguei num murmúrio.
Só pode ser mesmo gozação do Divino.
O cara é presidente do país e fala que meter a mão no dinheiro público é 'falha administrativa'.
Ou eu estou ficando louco ou o Onipotente está mesmo a gozar de mim. Das duas, as duas.
Procurei logo ver se o Austregésilo estava por perto.
Austregésilo é um gato que crio e pelo qual já não tenho muita estima, mas que bem me serve para momentos de desabafo. Quando escuto aberrações como essa e ele está em meu colo, sempre lhe torço o rabo.
O bichano estava atrás do sofá com apenas a cabeça à vista e, parecendo ter escutado também a notícia, olhava-me de soslaio. Preocupado até, eu diria.
Eu já não quis mais saber da porra do eclipse.
Pus-me a andar de um lado para outro da sala, sob o olhar atento do felino e coçando asperamente meu desprezível (no momento) saco.
"Então já não bastou o que essa ilustríssima ministra alegou semana passada, meu Deus?".
"O Senhor não ouviu ela dizer que foi mal aconselhada na utilização desses cartões?".
"E que, inclusive, tratou logo de exonerar os tais assessores que mal lhe informaram?".
Como se essa senhora desconhecesse que o dinheiro público não pode ser usado em sex shoppings ou coisa assim.
Claro que ela não citou os nomes dos assessores demitidos e ainda alardeou que todo o estardalhaço que se fez por essa 'falha administrativa' foi mais uma prova de racismo do povo brasileiro, já que a mesma tem origens no continente afro.
"O Senhor quer mesmo me castigar".
"Zombar de mim".
Só reclamamos então por ela estar metendo a mão no dinheiro público porque ela é de cor.
"Essas pessoas são as mais altas autoridades dessa nação, meu Deus".
"Não podem ser tão ignorantes, salvo se o Senhor esteja querendo testar os meus limites".
Tudo bem! O Lula é semi-analfabeto, mas precisava ser tão estúpido?
"Já sei. O Senhor vai dizer que estúpidos somos nós que votamos nele".
E não posso discordar.
"Não posso, embora eu Lhe afirme que nenhum eleitor do Lula o contrataria para gerenciar um mísero carrinho de cachorro-quente se dele viesse a fonte de sustento desse eleitor.
Quero ver.
Quero ver quem contrataria o Lula para gerenciar a sua empresa. A ele e a todo o seu 'estado-maior'.
Imagina. O Lula na porta falando merda e o Dirceu, Palocci, Genoíno...Todos do lado da máquina registradora. Bem coladinhos no caixa.
Não creio mesmo que o contratassem.
Outro dia ele falou que o problema do caos aéreo iria ter prioridade zero.
Putaquepariu.
Prioridade zero para um assunto que necessitava urgência.
Deu-me mesmo vontade de esganar o Austregésilo.
_ Senhor Presidente. O zero não é nada. Prioridade zero significa nada.
_ O Senhor nunca ouviu falar no programa do ex-prefeito de Nova York, Rudolph Giuliani, que se chamava 'tolerância zero'?
_Isso significava dizer que não haveria mais nenhuma tolerância com os criminosos.
_Não foi o senhor mesmo quem criou o fantasioso programa 'Fome Zero'?
_E isso não era para o povo pensar que não haveria mais fome durante o seu governo?
_Da mesma forma, meu querido presidente, prioridade zero significa dizer que não há nenhuma prioridade em tal matéria. Pode ser feita na hora que melhor aprouver.
_Olhe como é fácil entender.
Tolerância zero - Não haverá então tolerância.
Fome zero - Não haverá mais fome.
Prioridade zero - Não haverá nenhuma prioridade.
_O zero é a absoluta nulidade, se assim posso dizer e imploro que tenha a consideração de aceitar o que lhe digo.
Mas talvez os desertos se formem pela intersecção de fatores inexistentes.
Não creio, todavia, que eu possa ser entendido nessas poucas linhas.
Vejo o Amor como um deserto de sentimentos.
Tão inóspito quanto a calota polar.
Não entendo porque o qualificam como sentimento nobre.
O Amor não é tão nobre quanto se apregoa.
Talvez haja o mesmo número de tragédias decorrentes do Amor quanto do Ódio.
O genocídio de Hitler não foi por amor à pátria mãe?
Não há um dia sequer que não haja um crime passional.
Talvez argumentem que nem tudo isso deveria ser chamado Amor, mas existem outros nomes, então?
O amor filial, fraternal ou infernal não difere muito dos carnais. Só permanecem incólumes enquanto não houver desinteresses. A História prova isso.
O Amor é puro interesse.
Dificilmente a Daniela Cicarelli aceitaria casar com o Ronaldo Fenômeno se ele não fosse o 'Fenômeno'.
E quem disser que tal casamento não foi por amor estará chamando-a de vagabunda.
A Mônica Veloso jamais seria amante do Renan Calheiros se ela não soubesse o retorno financeiro que tal relação poderia ter.
Interessante observar que o vocábulo amante, derivado de amor, possui em certas formas uma conotação depreciativa.
A Marisa ganhou uma senhora bolada com esse romance.
De sobra, tornou-se uma escritora renomada com a publicação da didática obra "O Poder Que Seduz".
O Renan, coitado, foi que se fodeu.
Viu a conta bancária reduzir bastante com esse amancebamento.
O prestígio foi reduzido a quase nada.
O estrago poderia ser maior, contudo, se nossos parlamentares não concluíssem que o bichinho era inocente de tudo que lhe acusavam. Pode agora ir atrás do dinheiro perdido, então.
No lugar dele eu começaria escrevendo um livro também.
O título? "O Foder Que Reduz".
O Amor precisa de amparo.
Ele desaba totalmente quando perde seus alicerces.
A Suzana Vieira casou com aquele rapagão décadas mais novo que ela, certamente por amor.
Nesse caso o amor alicerçado pelos interesses carnais.
É mais fácil amar um humilde jovem garboso do que um velho cheio de carnês das Casas Bahia e desanimado até para a Nicole Kidman.
Porque o Amor é um investimento. Necessita retorno.
A Suzana fez um investimento e espera que a cotação do garoto não baixe.
Vão criticá-la por comprar o rapazola?
Ora, é melhor pagar pelo bolo do que comer merda de graça.
O Amor é uma questão de ponto de vista.
Ou mesmo de nada enxergar.
Por isso são comuns expressões como: 'Não sei o que ela viu nele?' Ou 'Que mulher horrível, mas tem pernas maravilhosas'.
Nos maquiamos para o amor.
Com fragrâncias artificiais damos ao nosso corpo um odor que ele não tem.
Procuramos ser mais do que realmente somos.
Mentimos.
Então o Amor necessita de formas belas e prazerosas.
Isso não me parece muito nobre.
Sem amor nos sentimos um pouco como em desertos, embora amando também podemos nos sentir abandonados num saara.
O Amor é a fuga dos desertos.
Só quem tem alma de beduíno não precisa muito de amor.
Nos desertos de areia, no entanto, urina de camelo pode ser vista como água cristalina e isso faz com que pessoas humildes, de idade avançada ou de aparência 'duvidosa' também possam ser amadas.
O Amor é um sentimento efêmero.
Quando insiste em permanecer, na maioria dos casos é apenas acomodação.
Podemos facilmente deixar de amar alguma pessoa e passar a odiá-la.
Quando a odiamos é quase impossível um dia amá-la.
Interessante como isso parece fazer sugerir que o Ódio é fiel e o Amor leviano.
Os sentimentos de rejeição são convictos por natureza. Quando não gostamos de alguém, não gostamos e pronto. O mesmo não se dá com os ditos sentimentos sublimes e por isso é comum expressão do tipo: "Eu realmente não sei se o amo".
O Amor é a mesquinhez da posse.
Você se espantaria ao ver como muitas mulheres abandonariam seus imprestáveis maridos se não tivessem medo que outras os pegassem.
O Amor cobra reciprocidade. Até a mãe mais afetuosa lamenta o filho ingrato.
O amor platônico? Ora, ele busca a sublimação da alma. O engrandecimento do 'eu'. Sempre a necessidade de algum retorno.
O amor a Deus? O temor ou a busca pela salvação eterna.
Novamente algo em troca.
A cara-metade? Num mundo de mais de seis bilhões de seres humanos a probabilidade de você conseguir de forma acidental encontrar a sua alma gêmea faria Laplace se contorcer no túmulo.
Quer saber onde se encontra a sua cara-metade?
Procure na outra metade da sua cara.
Comemos o que nos é posto à mesa.
Outro dia explico melhor esse sacrilégio, contudo.
Não serviu para nada a medida provisória do governo que proibiu a venda de bebidas alcoólicas nas rodovias federais.
Pelo contrário. Parece até que aumentou o número de mortes decorrentes dessa causa. O que não é de admirar.
Medida provisória tem força de lei e poucas vezes me deparei com uma tão estúpida quanto essa.
O deserto de cabeças inteligentes do governo do PT.
Primeiro é preciso entender que há necessidade de urgência para uma validade constitucional numa medida provisória e não houve nenhum fator que justificasse essa urgência. Morre-se em decorrência de acidentes causados por motoristas sob efeito do álcool na mesma proporção que antes da medida. Ademais o maior número dessas mortes não acontece em rodovias federais, sem falar que já existe leis para 'conter' tais acidentes. Tais leis são ineficientes, contudo, pela ignorância de nossos legisladores.
O Direito precisa ser auxiliado pela Matemática para que deixe de ser uma ciência tão vaga.
Tenho como certo que progressões aritméticas, a Teoria das Probabilidades ou uso de equações prestariam melhor serviço ao Direito do que essa verborréia latina de que se utilizam nossos juristas.
Acho até que deveria ser proibido o uso do latim em questões judiciais.
Ora, as leis são feitas para o povo e se perguntarmos a um simples brasileiro o que é 'ad vindictam', ele vai perguntar se isso é de comer ou de beber. Ou pode até ficar preocupado por imaginar que talvez seja algum remédio de aplicação anal.
As leis precisam ser claras e sem interpretações diversas.
E o Lulinha se esqueceu que policiais rodoviários não estão autorizados legalmente a fiscalizar estabelecimentos comercias e, principalmente, multá-los. Um agente rodoviário multar um comerciante é ilegal, imoral e engorda a conta bancária de muitos desses.
Nem quero expor a questão de que não se pode penalizar terceiros por crimes de outros, como sobrou para os comerciantes.
O que o governo fez foi criar um comércio paralelo e totalmente ilegal para a venda dessas bebidas pelas nossas estradas.
Já tá cheio de barracas à beira das rodovias vendendo uma gelada.
A lei causou um efeito contrário. Até aproximou mais a bebida do motorista. Agora ele nem precisa sair do carro.
Querem reduzir o número de acidentes devido ao consumo de álcool?
Esqueçam o latim, então.
Usem a Matemática.
Poucas vezes fiquei tão entristecido quanto com a morte do Bobby Fischer.
Amei-o ardorosamente quando criança.
E quão belo é o amor de uma criança.
Só a ingenuidade não investe no amor.
Aos dez anos eu passava madrugadas transcrevendo suas partidas.
Fischer foi o Mozart do Xadrez assim como talvez Alekhine tenha sido o Wagner.
Suas partidas são como telas de van Eyck.
Nunca fui muito com o cubismo, embora aprecie bastante a fase rosa de Picasso.
Guernica bem poderia ter sido pintada em uma sala de jardim de infância na hora do recreio.
Os quatro movimentos que se seguem ao sacrifício da dama na célebre partida de Fischer contra Donald Byrne bem lembra os dois compassos que substituem o suave minueto ao dramático terceto de Elvira, Anna e Ottavio no "Don Giovanni", de Mozart.
Uma explosão de talento.
Aos catorze anos Bobby já era o campeão americano.
E poderia ter sido campeão mundial antes dos vinte, mas o gênio inquieto o fez esperar um pouco mais.
Sentia-se perseguido pelos homens.
Mandou extrair todos os dentes por imaginar que a extinta KGB tivesse colocado um microfone em um deles quando de uma ida ao dentista.
Estava sempre a brigar com os adversários e os dirigentes da modalidade.
Só disputou o Torneio dos Candidatos, em Palma de Mallorca, porque o Grande Mestre Pal Benko, com quem tive o prazer de passar quatro das melhores horas de minha vida, cedeu-lhe a vaga.
E o raio caiu em Mallorca.
Massacrou a todos, perdendo apenas uma partida.
Depois veio Taimanov.
Enfiou seis a zero.
Seis a zero em um TOP 10. Um escore nunca alcançado.
Larsen seria a próxima vítima.
Outro seis a zero.
Seis a zero em um TOP 5. Um fato nunca imaginável.
Petrossian capitulou em seguida de forma mais honrosa. E Spassky, em uma das partidas do match final, junta-se à platéia para aplaudir o novo campeão que acabara de o derrotar.
Dezenove partidas consecutivas com vitórias em cima de grandes mestres.
Um fato único na história do xadrez e que talvez nunca seja igualado.
A chance é de uma em três elevado à décima nona potência.
Isso sem considerar que mais de dois terços das partidas disputadas entre grandes mestres terminam empatadas.
O QI de uma pessoa mediana está em torno de 100 e encontrar alguém com 150 já é bastante improvável.
Fischer tinha QI de 192 na escala de raridade Stanford-Binet.
Houve quem falasse em 198 ou até mesmo 200.
Depois de conquistar o título mundial, sumiu.
Recusou uma fortuna na época para defender o título contra Karpov.
A maior soma que já tinha sido até então oferecida a um desportista em qualquer modalidade.
Sumiu, no entanto.
Bem louco mesmo.
E é loucura sequer imaginar que dez anos depois da tragédia do Palace Dois, ainda tem vítima que não foi amparada pela nossa justiça.
Não dá para acreditar.
Tem ex-morador que já até faleceu.
A justiça brasileira é mesmo uma merda.
Agora sei porque usam toga no Supremo Tribunal.
Proteger o paletó do estrume que é lançado pela sala.
Mozart via cores nas notas musicais.
Pitágoras via números.
O Ministério da Educação manda ensinar a Teoria dos Números usando expressões como conjunto vazio e conjunto unitário.
Putaquepariu.
Conjunto vazio?
Será que não tem um distinto nesse ministério que saiba a definição da palavra conjunto?
E unidade jamais forma igualmente um conjunto.
O absurdo da incoerência.
Todo esse Brasil é incoerente.
A vida é incoerente.
As estátuas que homenageiam políticos deveriam ser sempre sedestres.
Os desertos são incoerentes.
Com a morte de Fischer me senti ainda mais deserto.
Regiões muito quentes se tornam inóspitas porque o calor abafa a vida.
Não obstante haver pouca vida em lugares frios.
Porque vida é calor.
E o calor da vida é o Amor.
Sombras Somente
Blog Sombras Somente
quarta-feira, 12 de março de 2008
APAVORANTE
Descalço meus pés neste chão
enquanto ardo em céu aberto
procuro cores vivas
e morro na hora certa
não há mais indícios
não há mais água pra matar a sede
revelo meus mistérios
e abro a solidão escondida sozinha
talvez eu alcance o deserto
talvez eu revele os nomes das estrelas
me arrasto e minha alma afunda
só enganos e decepções
queimo minhas palavras e sossego
trituro meu silêncio
meus instantes apodrecem
sou capaz de brilhar de tanta dor
semeio pragas
plantações de gelo
avalanche de mim
solidão dilatada e derradeira
a dor cresce e eu me apavoro
trovejo e abalo minha calma
um riso sem graça me faz chorar
nada mais pra fazer
sozinho e fora de mim
bebo minhas últimas gotas de loucura.
Walbes
(Membro da Comunidade do Orkut)
Scrap, Terça-feira, 11 de Março de 2008
Obrigada, Walbes!
enquanto ardo em céu aberto
procuro cores vivas
e morro na hora certa
não há mais indícios
não há mais água pra matar a sede
revelo meus mistérios
e abro a solidão escondida sozinha
talvez eu alcance o deserto
talvez eu revele os nomes das estrelas
me arrasto e minha alma afunda
só enganos e decepções
queimo minhas palavras e sossego
trituro meu silêncio
meus instantes apodrecem
sou capaz de brilhar de tanta dor
semeio pragas
plantações de gelo
avalanche de mim
solidão dilatada e derradeira
a dor cresce e eu me apavoro
trovejo e abalo minha calma
um riso sem graça me faz chorar
nada mais pra fazer
sozinho e fora de mim
bebo minhas últimas gotas de loucura.
Walbes
(Membro da Comunidade do Orkut)
Scrap, Terça-feira, 11 de Março de 2008
Obrigada, Walbes!
segunda-feira, 10 de março de 2008
Soneto da primavera
Olhe para os lírios que estão em sua volta,
Aprecie bem o mais perfumado jardim,
A primavera chega, os pássaros cantam, aqui, ali...
E eu te digo: no mar vejo as gaivotas!!!
Assim como os penhascos,
Existem caminhos
Para estar contigo, e ser mais um amigo,
Prestes a estar ao seu lado.
Pergunto-me eu atônito, por onde andas tu?
Bate no meu coração angustiado uma saudade,
Pois jamais te vi em lugar algum.
Explode meu coração de felicidade,
É festa, é alegria, vem gente do Norte ao Sul,
E você uma pessoa amável, cheia de grandes amizades!!!
Marcelo Gabriel
(Membro da Comunidade do Orkut)
Comunidade, Quarta-feira, 27 de Setembro de 2007
Aprecie bem o mais perfumado jardim,
A primavera chega, os pássaros cantam, aqui, ali...
E eu te digo: no mar vejo as gaivotas!!!
Assim como os penhascos,
Existem caminhos
Para estar contigo, e ser mais um amigo,
Prestes a estar ao seu lado.
Pergunto-me eu atônito, por onde andas tu?
Bate no meu coração angustiado uma saudade,
Pois jamais te vi em lugar algum.
Explode meu coração de felicidade,
É festa, é alegria, vem gente do Norte ao Sul,
E você uma pessoa amável, cheia de grandes amizades!!!
Marcelo Gabriel
(Membro da Comunidade do Orkut)
Comunidade, Quarta-feira, 27 de Setembro de 2007
sábado, 8 de março de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
Assim é meu amor
Cada vez que te vejo
meu coração dispara
aflorando emoções esquecidas
de uma vida que acabara
O brilho do seu olhar
iluminando meu coração;
Um louco desejo de te amar
faz-me perder a razão.
Tu és minha verdade
minha razão e meu ideal
és a perfeita realidade
de um sonho irracional.
Materializou-se afinal
o sonho e a fantasia
mais que um desejo carnal
tu és a própria magia....
LUIZ FERNANDO COSTA DAHER
(Membro da Comunidade do Orkut)
Comunidade, Sexta-feira, 30 de Outubro de 2007
meu coração dispara
aflorando emoções esquecidas
de uma vida que acabara
O brilho do seu olhar
iluminando meu coração;
Um louco desejo de te amar
faz-me perder a razão.
Tu és minha verdade
minha razão e meu ideal
és a perfeita realidade
de um sonho irracional.
Materializou-se afinal
o sonho e a fantasia
mais que um desejo carnal
tu és a própria magia....
LUIZ FERNANDO COSTA DAHER
(Membro da Comunidade do Orkut)
Comunidade, Sexta-feira, 30 de Outubro de 2007
quarta-feira, 5 de março de 2008
DESNORTEADO
Sem controle
sem radar
razões desnorteadas
mãos atadas e um grito abafado
mau olhado e orações
perdões imperdoáveis
são afáveis os gestos
diabólicas as intenções
caminhos fechados para apagar a luz
tudo seduz
ofusca
nada se busca
no fim do túnel
medo e perigo
castigo sangrento
ventos ruivantes
é o fim
o começo de tudo
o nada
todos a postos
a perder de vista
corações maculados
somos pobres coitados
e as horas voam
esfrego meus olhos
morro de frio
acabo nascendo de novo
pedindo socorro
pedindo razão.
Walbes
(Membro da Comunidade do Orkut)
Comunidade, Terça-feira, 04 de Março de 2008
sem radar
razões desnorteadas
mãos atadas e um grito abafado
mau olhado e orações
perdões imperdoáveis
são afáveis os gestos
diabólicas as intenções
caminhos fechados para apagar a luz
tudo seduz
ofusca
nada se busca
no fim do túnel
medo e perigo
castigo sangrento
ventos ruivantes
é o fim
o começo de tudo
o nada
todos a postos
a perder de vista
corações maculados
somos pobres coitados
e as horas voam
esfrego meus olhos
morro de frio
acabo nascendo de novo
pedindo socorro
pedindo razão.
Walbes
(Membro da Comunidade do Orkut)
Comunidade, Terça-feira, 04 de Março de 2008
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