segunda-feira, 26 de maio de 2008

Karla Danielle®

*
Aqui você encontra
uma deusa,uma louca
uma menina,uma mulher
quem sabe uma qualquer.
Qualquer plano
qualquer traço,
me embaraço
me desfaço
no cansaço
de ser oque se é.


*
Pus meu coração nas mãos de um homen,

Pus meu coração, minha emoção, minha razão...

Coloquei-me inteira de corpo e alma,

Pulsava minha vida em suas mãos ...

Mas ele nem notava.

Meu coração esmagava,

Nunca soube o quanto eu estava presa,

Entregue, rendida, indefesa.

Até de mim mesma,

Pois loucuras fiz.

E as faria novamente

Se pudesse eternamente,

Em seus braços ficar.


*
Porquê a rosa? Porquê é flor

Por puro e imenso amor. Porque é luz,é vida, é côr...

Por tudo e por nada. Sutil o fio da espada, que atravessa a força armada,feri e mata. Morrer... ah morrer de amor pela mais línda flôr, mas não morrer de fome, de miséria, de violência urbana. De depressão por não poder fazer nada, contra o golpe dessa espada, apontada para o meu pescoço. Um poço, um poço profundo, de lamúrias insolúveis. Pois já não há mais nada. Só o golpe da espada, que feri e mata.

Por isso rosa, rosas brancas da paz, rosas amarelas da amizade, rosas rubras do mais cálido amor, rosas da côr de rosa, da inocência pueril que comigo tráz a esperança do amor entre as nações...

Karla Danielle.®

Blog: Rosas Cálidas

segunda-feira, 19 de maio de 2008

VISÃO

Quando te vejo

Meu dia se ilumina

tua presença doce me fascina

teu sorriso me anima, alucina

e minha tristeza logo se termina.

Quando te vejo

Meu coração como pluma fica leve

Minh'alma branqueja como neve

meus olhos te seguem de um lado a outro

minha dor se abranda, torna-se breve.

Monumento de beleza interna e externa

meiguice quase pura aparência terna

tranqüilidade que nunca se altera

e um mistério em ti encerra...

Não sei se por trás disso tudo

está a bela ou a fera, só sei que

Quando te vejo

meu metabolismo se altera,

e minha felicidade tudo supera.


©Valter Montani

Blog: Valter Poeta

sábado, 17 de maio de 2008

Sobre o seu sono

Deixa eu velar teu sono
espantar teus medos.
Apago a luz, mas deixo a estrela.
Quer que eu te cubra
com os meus cabelos?
Espíritos noturnos
não alcançarão teu leito.
Dorme, dorme,
eu tomo teus pesadelos,
coloco-os numa caixa
e transformo-os em vento.
Fecha teus olhos
que lá fora urram as horas
mas aqui dentro
eu é que comando os segundos
e teço o silêncio.
Dorme... dorme...
que quando a noite morre,
e teu despertar floresce
meu corpo descansa
no novo dia que amanhece.

Priscila Mondschein

Blog: "A arte é o lugar da liberdade perfeita..."

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Mather Incorrigibile

É este estado intenso de gratidão e ternura.
De candura e silêncio. Esta fórmula simples
de quem se anula - e é forte - quase sempre;

(metade de todo o mundo seria pleno, perfeito,
para teus filhos galgarem compassos seguros
nos destinos que escolhesses rumo às alturas).

Este jeito imenso, passos lentos, baixa estatura.
O modo de abrandar - meu espírito impulsivo -
quando vergo o verbo quente e aceso pelas ruas.

É que me tens pelas mãos; sabes me dizer não
desde a infância distante, as lembranças puras.
É esta fortuna que trago. Nunca sei como pago

ao Dono de tudo; ter frutas frescas no deserto:
um bem cheio de mistérios...
.......................................em mãe se configura.

Walter Ramos de Arruda

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Para Sempre

Por que Deus permite
que as mães vão-se embora?
Mãe não tem limite,
é tempo sem hora,
luz que não apaga
quando sopra o vento
e chuva desaba,
veludo escondido
na pele enrugada,
água pura, ar puro,
puro pensamento.

Morrer acontece
com o que é breve e passa
sem deixar vestígio.
Mãe, na sua graça,
é eternidade.
Por que Deus se lembra
- mistério profundo -
de tirá-la um dia?
Fosse eu Rei do Mundo,
baixava uma lei:
Mãe não morre nunca,
mãe ficará sempre
junto de seu filho
e ele, velho embora,
será pequenino
feito grão de milho.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 2 de maio de 2008

As duas faces

O céu desperta límpido,
Pássaros fulguram o cenário,
E a alegria de viver,
Invade o peito martirizado.

Sob a luz da escuridão,
Uma brecha se instala ali,
Promovendo uma revolução,
De cores brilhantes e afins.

O arco íris estampa colorido,
Pois o cinzento não há,
Deixando o sorriso maroto,
Naquele rosto reinar.

O sol brilhante aquece,
Aquele frio cortante e gélido,
Sinais de fumaça dissipam,
Abrindo o azul figurativo.

Flávia Guimarães Nogueira Marinho


Comunidade, 28 de Abril de 2008