sábado, 17 de maio de 2008

Sobre o seu sono

Deixa eu velar teu sono
espantar teus medos.
Apago a luz, mas deixo a estrela.
Quer que eu te cubra
com os meus cabelos?
Espíritos noturnos
não alcançarão teu leito.
Dorme, dorme,
eu tomo teus pesadelos,
coloco-os numa caixa
e transformo-os em vento.
Fecha teus olhos
que lá fora urram as horas
mas aqui dentro
eu é que comando os segundos
e teço o silêncio.
Dorme... dorme...
que quando a noite morre,
e teu despertar floresce
meu corpo descansa
no novo dia que amanhece.

Priscila Mondschein

Blog: "A arte é o lugar da liberdade perfeita..."

Um comentário:

Anônimo disse...

Adorei esta Flavinha, línda como uma oração!